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O aumento das temperaturas e dos preços dos vitualhas ameaçam distúrbios violentos

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Ultima Atualização em 30 de outubro de 2023 de brunuslife@gmail.com


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Papodrecimentos têm uma maneira engraçada de iniciar quando o mercúrio dispara. O verão de 1967 é mais publicado porquê “o verão do amor”. Foi uma idade em que os hippies migraram para a costa oeste da América para reivindicar contra a guerra, contra o uso de drogas e pela sossego. Mas foi também uma idade em que mais de 150 distúrbios raciais ocorreram em todos os lugares, de Atlanta a Boston, em meio a temperaturas brutais, dando ao período outro nome: “O verão longo e quente”.


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À medida que o mundo aquece, a relação entre o calor e a perturbação social é cada vez mais importante e, neste verão, mormente preocupante. Cada convulsão tem as suas próprias causas, mas certos factores tornam as perturbações mais prováveis ​​em todo o lado. O aumento das temperaturas, o aumento dos preços dos vitualhas e os cortes nas despesas públicas – três dos mais fortes preditores de turbulência – levaram as estimativas do potencial de motim a níveis sem precedentes nos últimos meses. Estas estimativas provavelmente aumentarão ainda mais neste verão. É improvável que as temperaturas tenham atingido o pico. A saída da Rússia da Iniciativa de Cereais do Mar Preto para exportar produtos da Ucrânia e a recente proibição da Índia às exportações de arroz poderão aumentar o preço dos produtos básicos. A motim social já está a borbulhar no Quénia, na Índia, em Israel e na África do Sul.

O verão do nosso insatisfação

Na primeira semana de julho, a temperatura média global ultrapassou pela primeira vez o limiar dos 17°C, atingindo uns escaldantes 17,08°C. A temperatura média global para o mês porquê um todo deverá ser mais quente do que a média de um único dia anterior mais quente já registrada. Esse tipo de clima significa problemas. Em um estudo publicado em CiênciaMarshall Burke, da Universidade de Stanford, e Solomon Hsiang e Edward Miguel, da Universidade da Califórnia, Berkeley, mostram que um aumento na temperatura de somente um meandro padrão supra da média de longo prazo – o tipo de meandro que um estatístico espera observar tapume de uma vez a cada seis dias – provoca um aumento na frequência de motim de quase 15%.

Nas oito semanas desde o início de junho, a temperatura média global manteve-se consistentemente em quatro a seis desvios-padrão supra dos níveis registados de 1980 a 2000. Os nossos cálculos aproximados, que extrapolam a relação indicada no Ciência estudo, sugerem que as temperaturas recordes em junho e julho poderiam ter aumentado o risco global de motim social violenta em alguma coisa em torno de 50%. Os efeitos do El Niño, um padrão climatológico que traz temperaturas mais altas em todo o mundo e que começou recentemente, provavelmente produzirão um final escaldante para o verão do setentrião e um início para o verão do sul. Na verdade, o maravilha coincidiu com mais de um quinto de todos os conflitos civis que ocorreram desde 1950.


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A Verisk Maplecroft, uma empresa de lucidez de risco, mantém um índice de motim social que prevê o potencial de perturbação empresarial causada por distúrbios sociais, incluindo convulsões violentas, numa base país a país. De convenção com as estimativas da empresa, o risco de motim social global no terceiro trimestre de 2023 é o mais proeminente desde que o índice foi criado em 2017. Isto deve-se tanto ao calor porquê ao dispêndio de vida mais proeminente, afirma Jimena Blanco, analista-chefe da empresa. . “As elevadas taxas de inflação dos preços dos alimentos são um risco particular”, alerta ela.

A inflação global parece ter ultrapassado o pico e os preços internacionais dos cereais estão aquém do supremo do ano pretérito. Mas isso não significa que os preços pagos pelos consumidores tenham parado de subir. Em Junho, a inflação anual dos preços dos vitualhas foi de 17% na Grã-Bretanha, 14% no UE e quase 10% no Canadá e no Japão. É ainda mais elevada em muitas economias em desenvolvimento, mormente nas de África. A inflação dos preços dos vitualhas está perto de 25% na Nigéria, 30% na Etiópia e 65% no Egipto (a taxa mais elevada da história do país).


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Questões básicas

Os preços grossistas mais baixos deverão, com o tempo, ser transmitidos aos consumidores. Mas a escolha da Rússia de destruir a Iniciativa dos Cereais do Mar Preto, em 17 de Julho, seguida de quatro noites de ataques aos portos ucranianos de Chornomorsk e Odessa, no Mar Preto, perturbou os mercados alimentares, empurrando os preços na direcção oposta. As condições de seca noutros locais também poderão aumentar as dificuldades. Prevê-se que os rendimentos de cevada e trigo australianos diminuam 34% e 30% nesta colheita. Os estoques de milho, trigo e sorgo americanos caíram 6%, 17% e 51%. No ano pretérito, estes países eram os dois maiores exportadores mundiais de cereais em valor.

Mais preocupantes ainda são os acontecimentos na Índia, que produz tapume de 40% das exportações globais de arroz e que sofreu com chuvas debilitantes oriente ano. Em 20 de Julho, o governo respondeu proibindo as exportações de todo o arroz não-Basmati do país. Isto reduzirá as exportações globais de arroz em tapume de 10%, com efeito quase súbito. A Organização das Nações Unidas para a Sustento e a Lavradio estima que, em conjunto, o milho, o arroz e o trigo fornecem mais de dois quintos da ingestão calórica mundial. Entre as populações mais pobres do mundo, o número pode subir para quatro quintos. Se os preços não começarem a tombar em breve, as pessoas ficarão ainda mais famintas. E as pessoas mais famintas têm maior verosimilhança de trespassar às ruas.

A austeridade fiscal pode desestabilizar ainda mais as coisas. Muitos governos comprometeram-se a aumentar os impostos ou a trinchar despesas, a termo de controlar a dívida, posteriormente gastos excessivos durante a covid-19. Jacopo Ponticelli, da Northwestern University, e Hans-Joachim Voth, da Universidade de Zurique, investigaram quase um século de dados de 25 economias europeias. Eles descobriram que cada galanteio suplementar de 5% nos gastos do governo aumenta a frequência da motim social em 28%.

A convulsão social também pode ter um efeito cicatrizante nas economias. Metodij Hadzi-Vaskov, Samuel Pienknagura e Luca Ricci, todos imf, analisou recentemente 35 anos de dados trimestrais de 130 países. Descobriram que mesmo 18 meses depois de um incidente moderado de motim social, a situação de um país PIB permanece 0,2% menor. Em contrapartida, 18 meses posteriormente um grande incidente de motim, a situação de um país PIB permanece 1% menor.

Os países fora do mundo rico têm uma perspectiva mais preocupante. Os danos causados ​​pela motim são tapume de duas vezes maiores nos mercados emergentes do que nas economias avançadas, de convenção com o imf investigadores, com menor crédito das empresas e dos consumidores e maior incerteza, exacerbando o risco muito maior de fuga repentina de capitais. Isto é um mau presságio para o que deverá ser um ano de aumento dos preços dos vitualhas, clima escaldante e cortes de gastos. Espere um verão longo, quente e desconfortável.

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